Universo em Súplicas e Devaneios

Pluridiversificação poética

e é a verve anímica eclética

transparecida na calada noturna;

resplandecida nua na voz diuturna.

O poeta floresceu à luz diáfana

embelezando a pétala de Bhaskara;

nos jardins versificações matemáticas

germinam entre orvalhos e ponderações.

Transcendentalização angélica

e é a verve da visão psicodélica

multicolorida na hora crepuscular;

enternecida na busca do explanar.

O poeta se decompôs junto ao corpo,

eternizou-se somente após ser morto;

embriagou-se de uma inlucidez plasmática

e sua translucidez foi d’alma emblemática.

Transubstanciação apoteótica

e é a verve de sensações aristotélicas;

nas linhas todo sentimento é vislumbre

que nas interpretações vãs sucumbem.

O poeta ressuscitou em uma estrofe,

transfigurou-se em enlevação e caos;

o universo resumiu-se no verso final

onde microcosmo e macrocosmo foram um.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 30/11/2014
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