Mato

Cresce um mato em meu quintal

que não tem limite em seu desespero.

Cresce em cada vão do cimento

que se rende ao insistente apelo

Não mais incomoda o pé de mamona

que mais que a sombra, me faz pensar

- Que poder é esse da natureza,

que não permite nada em seu lugar?

Não há peso de concreto, nem ferro,

que tenha mais força que a vida.

Não me ocorre outra lógica, quiçá,

Desistir da vã procura da saída

Pois o imponente mato me afronta

Veloz e forte, tal qual um jaguar

Penso: - Que poder é esse da natureza,

que não permite nada em seu lugar?

Ricco Salles
Enviado por Ricco Salles em 29/11/2014
Código do texto: T5053182
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.