OUTONO

No outonizar

da alma,

as folhas secas

espalham-se pelos

campos da memória;

Não há sossego,

só a paz lacrimejante

de quem despetala

a última rosa

da recordação;

E esta alma

aguarda apenas

o invernar

para colher,

com o rastilho,

todo empecilho

que se esparrama

pelo chão;

Esperando vislumbrar

a primavera

que cresce silente

como hera

nos muros

do coração.

Marcelo Lopes
Enviado por Marcelo Lopes em 29/11/2014
Reeditado em 29/11/2014
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