OUTONO
No outonizar
da alma,
as folhas secas
espalham-se pelos
campos da memória;
Não há sossego,
só a paz lacrimejante
de quem despetala
a última rosa
da recordação;
E esta alma
aguarda apenas
o invernar
para colher,
com o rastilho,
todo empecilho
que se esparrama
pelo chão;
Esperando vislumbrar
a primavera
que cresce silente
como hera
nos muros
do coração.