A GENTE QUE EU VEJO!

Vejo gente assim e assado

Gente humilde, gente séria

Gente que é do meu agrado

Gente que num triste fado

Vive apenas de miséria!

Vejo gente a triunfar

Gente boa e gente má

Outra gente a naufragar

Muitos de fome, a passar

Querem comer e não há!

Vejo gente que se ri

Outros que choram de saudade

Mas só sei que percebi

Que há gente que nunca vi

Nem quero ver…por maldade!

Vejo gente tão papista

Gente sem escrúpulos de nada

Gente mesquinha, egoísta

Que quero longe da vista

Essa gente apedrejada!

Vejo gente sem pudor

Gente falsa, ignorante

Gente com falta de amor

Gente a causar dissabor

E gente culta, interessante!

Vejo gente que escreve

Gente que canta e que grita

Gente que não paga e deve

E ao dormir tem sono leve

Gente que às vezes se agita!

Gente de todas as idades

Gente sensata e confiante

Das aldeias e cidades

Gente fina em sociedades

E gente que é traficante!

Gente tão cheia de afectos

E de sentimento profundo

Gente que ama filhos, netos

Gente que em passos directos

Só sabem destruir o mundo!

Só uma gente, eu invejo

Gente que ganha seu pão

E a gentes do Alentejo

Que para sempre desejo

Guardar no meu coração!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 29/11/2014
Código do texto: T5052839
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