Confrarias, Fatias & Fachadas!
Pasta de alcaparras para filé de Abadejo,
Arroz branco, pães, vinhos & damascos,
Corredor de peripécias nati-noturnas,
Dorme com uma fama que cultivou, olhares travados,
Mal vestem as carapaças para outras fantasmagorias,
Desacertos congênitos por onda alheia, vasos cortantes,
Cortes pelos dedos, espelhos trocados, afilhados,
Apinhados de solidão, frio pela noite, dias sem dormir,
Colhe mais do mau humor do que do riso solto,
Cobertor curto todo mês, outras contas aflitivas,
Daquele que bem olha, sobras, restos & esperas,
Tardias mudanças, como demora para passar o tempo,
Tempo passado com a aflição aumentando a fome,
Tigelas vazias, voraz volúpia sustentada apenas no olhar,
Mal que sobra um eletrônico meio de menos triste ficar,
Paliativos em ativos escassos, nada substitui o toque,
Sonhos vagando em noites de aperto do coração,
Calca a semente, flui o sangue, aperta a lágrima,
Recipientes para plásticos sem uso, fios enrolados,
Caçando moedas por cada canto, letras de músicas,
O que pede, o que fica, o que pressente, sem pressa,
Desfile exótico de aparatos subalternos, paredes nicotinadas,
No gargalo opresso falta um beijo para ainda bem sentir,
Chove lá fora, uma intensa gota pingando no olho,
Vira de lado, tenta ainda dormir, mesa para ser posta,
Descaroçando tâmaras, algumas mudas para a próxima estação,
Sopra a fumaça pela fresta da janela enregelada,
Joelhos latejantes, outros vazios batendo na porta,
Nenhum sinal nos últimos dias, virações na falta do Sol,
Mudas de roupas tortas balançando no esqueleto,
Algum silício já foi encontrado em Marte, mira a invasão,
Falta pouco tempo para começar a correria, ares provisórios,
Procurando respostas lá para os enigmas daqui,
Sorte dos números batendo na trave na semana passada,
Melhor será de agora em diante, com todas essas mudanças,
Do elo virtual, para novos sapatos, saídas animadas,
Compondo novas letras para uma nova onda de blues,
A mesa está servida, esperando pelo abate!
Peixão89