T. a. qui...cardia
Ósculo do desejo... Sensação de estar contra o vento,
na contramão do tempo...
Este coração acelerado desmente a cabeça que na
pseuda retórica tudo pode.
Tum... tum... tum...
Este é o rumor do órgão vital, tendo o
fluxo sanguíneo escorrendo pelos entre lábios
do pedido de socorro.
O vazio é galáctico... Supera até a vontade
do existir.
Padece a alma de uma dor sobre humana.
O cancro putrefato jaz em plena avenida... Já não é mais
um humano, aquele ser mentecapto, atordoado,
que vagueia pelas veias do nada.
Espera, agoniza, suplica: como o paciente sem cura
ou como alguém no corredor da morte.
Mastiga cada milésimo de segundo, suspira a cada instante,
como se o amanhã estivesse longe da possibilidade de:
S. O. B. R. E. V. I. V. Ê. N. C. I. A.
Os profissionais se agitam, a mulher contorce em dores
de parto, aguardando a hora para ver o milagre nascer.
Aqueles últimos ‘amigos’, que restaram continuam
na arquibancada, com a bandeira na mão...
Sim ou não!
E o lado esquerdo do peito se dilacera. Nenhuma pergunta demanda
Resposta.
Liberdade, ainda que tardia, brada o músculo da criatura
agonizante.
Justiça! Ainda que resista, pois o tribunal
está pronto, só falta escolher entre:
A forca; a guilhotina, o liquido letal... A cadeira.
Pena!... Pena!... Pena!...
A sorte que ainda existe o cárcere!
Resiste, não apenas suporta engolir a seco
a dita...
... Bendita...
Maldita opção de ter que assumir sua rélis existência.
Filhos! Restaram poucos que permanecem de pé
agarrados pela mão a desilusão.
O dia fenece a noite acontece.
E amanhã?!...
D E S A P E R E C E
na mente daquele inusitado abutre
sem bando.
Bem vindo à agonia do esperar!...
Eugênio.