Carta a um defunto
“Ninguém escreve para si mesmo, a não ser um monstro de orgulho. A gente escreve pra ser amado, pra atrair, encantar, etc.”
Para o Mário:
Ó besta nobre e celestial
em vida não pode conviver com o tal
Que escreveu desde sempre
só para ser seu próprio melhor amigo
ler para sempre
E quem sabe eternamente
Viver nessa pobre gente
E se Deus não comer meus próprios olhos
Ou meus escritos perdurarem
E olhe, besta morta, que já vi mais do que preciso
Sim, eu amo o sorriso
Das crianças e inocentes
Da gente.
Mas não... não escrevo pra eles.
Com eles eu vivo.
E o monstro de orgulho
Escrevo, com o maior orgulho.
É todo meu, e agora seu.
Entendeu?
Que a rima tá no otário!