À MEMÓRIA DE MEU PAI

... Pai

Foste na vida

Um cervo do tempo

Um homem valente

Que vida me deu

Quantas passagens

Nesta breve viagem

Fizeste do suor o

Pão para o filho

Teu

Um dia acolheste em

Teus braços

Uma criança inocente

Ensinastes a ela a

Missão de ser gente

Gente que sente

Gente que pensa

Gente que ri

Gente que chora

Gente que te guarda

Em terna memória

Gente que o lembra

Com ilusões benditas

Ilusões expostas a

Prova do tempo

Ilusões e chibatas

Somente lamento

Descrever-te em poema

É mais que missão

É fechar os olhos

É escuridão

É abrir os olhos e

Estontear-me de luz

Luz da infância

Luz da aliança

É tocar as plantas como

Se ali estivesse

Perder meu olhar

No tempo e

Rogar-te em prece

É uma dor tão doce

Uma lisura

É temer a Deus

Margeando

A loucura

Essa nobre homenagem

Sobre tua passagem

Aqui nesse tempo e

Como um calar dentro

De mim é ouvir

Sozinho meu próprio

Silêncio

Pai lembrar-te agora

Talvez seja tarde

Mas a bem da verdade

Mas é preciso fazer.

Pois fazê-la

É amar-te

É sentir-te

É te ouvir

É deixar uma gota

De lágrima dos

Meus olhos cair...

Aguinaldo Sabino
Enviado por Aguinaldo Sabino em 25/11/2014
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