LA GAIVOTA
Na contra mão/
Do verso livre/
Pela janela do passo/
Vi você sozinha/
Olhando fixo no horizonte/
Jogando fumaça no ar/
Não que eu tenha algo com isso/
Mas desse malefício tento o mundo afastar/
Quando olhei questionando/
Com aquele ar de criança sapeca/
Você levantou/
Mudando o tom/
Floreou desculpas/
Para não ter culpa/
De se matar/
Falou da dor de cabeça/
Do estresse e do hipocondrísmo químico/
Justificou sem justificar/
E na iminência de se livrar/
Jurou e fez promessa popular/
Falou de mudança de atitude/
Digo eu, que Deus cuide/
Pois se esse texto/
For um engodo pessoal/
A salientar digo que a paz está/
A palmos do chão/
Que é lugar de flores/
Mas no circo dos horrores/
Também é lugar, do qual as mãos/
O corpo e alma vão verdadeiramente relaxar/
Se o mal é bem e o bem é mal/
Não há quem entenda porque há lei/
Apelo por que sei/
Que a juventude em ti ainda viceja/
E tens mais do que um tesouro para cuidar/