Mônica
No doce arfã/
De na noite linda/
Versificar estrelas/
Harmonizar da música/
A luz pra alma/
Adornar nas horas o tempo de vida/
Jamais em toda guarida/
Dessa urbanicidade/
Pude imaginar/
Que ao captar os traços/
Divinamente singelos/
Desse anjo solto no ar/
Seria do laço/
O cárcere anônimo/
Cuja voz permeia/
Entre a timidez e a ousadia/
Para segredar ao silêncio/
Essa minha fragilidade insana/
De perceber tardiamente/
Que na distância dos segundos/
No puro desse seu sorriso/
Está também a obra/
Que o mundo tão dividido/
Não vislumbra/
Mas necessita/
Sob a alcunha de esperanças/
Não escritas/
Cuja razão identifica/
Na tênue paixão/
De entre fadas e ânsias/
Inventar e descobrir/
Você/