24 de Novembro de 2034
Numa cidade qualquer, num dia apagado e solitário demais.
Por: Liduina do Nascimento
À Janela
Conto de um grande Amor.
Uma simples carta bem amarelada havia em suas mãos naquele tedioso domingo. A carta não era longa ou cansativa, nem repetitiva. Seu resumo era uma sensação de dor. O olhar percorria aquela carta, como se estivesse sendo lida com a surpresa da primeira vez. Relia, tentando entender porque através do tempo mesmo cada um havendo permanecido em seus devidos espaços. A vontade de seguir cada um o seu rumo depois do amor, nunca havia acontecido. Por um instante levou aos lábios as suas mãos, fechou os olhos tentando sentir o gosto do beijo que não foi dado. Não recordou o calor das mãos entrelaçadas, não havia nenhum lenço para lembrar o seu cheiro. Ela queria viver aquele amor de qualquer jeito. Por algum momento sentiu o coração pulsando mais forte, a sua alma silenciosa como jamais esteve sentiu uma saudade do tamanho do infinito. -Saudades tanta, saudade de você meu amor. Por onde andarás? Será que ainda lembra do quanto eu amo você? - Agarrou-se à carta sem se dar por vencida... Nela parecia renascer a essência do amor perdido no tempo. Olhou-se diante do espelho, olhou para o papel " tudo tão marcado, tão empalidecido... A fragilidade aparente falava do fim de tudo, parecia o fim do mundo. Num sôfrego suspiro e rápidos gestos guardou a carta, fechou-a a sete chaves, antes que a molhasse. A velha ânsia de dizer, silenciou... Recostou-se no velho sofá ainda ao lado da janela e dormiu, quem sabe em sua sempre vontade de com ele sonhar por mais aquela noite. E dormiu para sempre, à janela dum mundo somente seu.
Numa cidade qualquer, num dia apagado e solitário demais.
Por: Liduina do Nascimento
À Janela
Conto de um grande Amor.
Uma simples carta bem amarelada havia em suas mãos naquele tedioso domingo. A carta não era longa ou cansativa, nem repetitiva. Seu resumo era uma sensação de dor. O olhar percorria aquela carta, como se estivesse sendo lida com a surpresa da primeira vez. Relia, tentando entender porque através do tempo mesmo cada um havendo permanecido em seus devidos espaços. A vontade de seguir cada um o seu rumo depois do amor, nunca havia acontecido. Por um instante levou aos lábios as suas mãos, fechou os olhos tentando sentir o gosto do beijo que não foi dado. Não recordou o calor das mãos entrelaçadas, não havia nenhum lenço para lembrar o seu cheiro. Ela queria viver aquele amor de qualquer jeito. Por algum momento sentiu o coração pulsando mais forte, a sua alma silenciosa como jamais esteve sentiu uma saudade do tamanho do infinito. -Saudades tanta, saudade de você meu amor. Por onde andarás? Será que ainda lembra do quanto eu amo você? - Agarrou-se à carta sem se dar por vencida... Nela parecia renascer a essência do amor perdido no tempo. Olhou-se diante do espelho, olhou para o papel " tudo tão marcado, tão empalidecido... A fragilidade aparente falava do fim de tudo, parecia o fim do mundo. Num sôfrego suspiro e rápidos gestos guardou a carta, fechou-a a sete chaves, antes que a molhasse. A velha ânsia de dizer, silenciou... Recostou-se no velho sofá ainda ao lado da janela e dormiu, quem sabe em sua sempre vontade de com ele sonhar por mais aquela noite. E dormiu para sempre, à janela dum mundo somente seu.
Liduina do Nascimento