O QUE ME FASCINA
Só tenho olhos para o que me fascina,
E cada vez mais a vida me ensina
Ter admiração e proteger as bromélias,
Contemplar embevecido o pôr do sol
Sem descartar as tão lindas camélias,
Antes, durante, ou depois do arrebol.
Os pintassilgos, rouxinóis, sanhaços,
E outros que cortam os livres espaços;
As brancas e densas nuvens no céu,
Movimentando-se em qualquer direção,
Amainando as dores vindas do coração,
E exibiam a forma de um grande véu.
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Os jequitibás, altos, grossos e frondosos,
Exibindo flores e frutos maravilhosos;
Aves, até as de rapina, nas densas matas,
Com o ambiente que lhes dá a natureza,
Proporcionam aquela exuberante beleza,
Eis que do mundo das florestas são inatas.
As pessoas que, de amar, tenham capacidade
E cuja força de persuasão seja a humildade;
As que prestigiem e tenham noção do justo;
As que sejam portadoras de beleza interior;
As que ouvem os hierarquicamente inferiores
E lutem pelas coisas da justiça a qualquer custo.
Para este discurso eu gostaria de ter platéia,
Que me compreendesse e aceitasse a idéia:
Viver, para sobreviver, com humildade e nobreza,
Respeitando os princípios do bom comportamento,
E mais: se começarmos a partir deste momento,
Ainda há tempo para preservar e salvar a natureza