Pequena ode ao amor impossível

Apaga a luz do quarto, amor

E me escuta na penumbra

Do crepúsculo

Do meu amor

Por ti!

Do meu poema

Tu és palavras

Arco-íris

Sem sentido

A emoção, tudo que ainda

Se encontra vivo

E a agonia do saber

Não estar contigo

No meu poema

Nossos abraços se entrelaçam

Aquecidos

És o meu sonho e minha falta

Meu medo antigo

O meu querer

E uma vertigem

Do desejo

Proibido.

No meu poema

Somos poemas

Rarefeitos em luz do dia

A cor da noite, meu amor

A maresia

Horas de morte

Encantamentos

Alegria

E o silêncio

Das canções

Dos ventos norte

Do meu poema

Tu és a nau

Sem rumo e prumo certo

Ao oceano

E qualquer coisa

Inda sem nome

Que vagueia

Alheia a sorte

Tu és poema, meu amor

De riso forte

No meu poema

O meu cansaço

Em não te ter

Me ajusta os dias

Em horas certas

E estranhas

Fantasias

E por que não, oh meu amor

Enquanto ardias?

No meu poema

Tu és o tudo

Do ainda não escrito

Sou teu poema

Das marés em sintonia

A aflição e a poesia

Dos teus dias

Cerra teus olhos,

Meu amor, no meu poema

Me abraça forte meu querer

Quem sabe a morte

Me arrebate meu amor

Pra que eu te toque

Quem sabe a morte, meu amor

Pra que eu te toque

Meu amor

Pra que eu te toque