LÁGRIMAS NA CHUVA
LÁGRIMAS NA CHUVA
A morte de um amor é pombo branco,
Criado num viveiro de ouro branco.
Alimentado da ração mais cara do mundo
Cuidado com zelo tão profundo.
Amor é esse pombo branco liberto
Que tentou alçar um voo incerto.
Num mundo onde habita a ave de rapina,
Alucinada de fome ou por morfina.
O pombo não sabe mais voar no céu,
Então ficou sentado em um carrossel
Esperando criar forças nas asas atrofiadas,
Pois para voar elas não foram preparadas.
Até que a ave de rapina faminta,
Foi lá e fez do pombo uma vida extinta.
Restou apenas um coração num peito vazio
De alguém chorando sob a chuva numa curva de rio.
André Zanarella 02-08-2013