PENSO ?
PENSO ?
Penso
Se é que consigo
Em como manchar o papel
Que letras usar para compor
A mesmice que me invade
Me agride
E toma conta do todo
Da cabeça aos pés
E cansa, avança
Não para …....
A caneta paralisada
Imobilizada num branco sem fim
Sem afim
Desliza sem querer dos dedos
E morre prostrada
Num incolor infinito
Celebrando a incapacidade
Do pensar
Penso
Será que existo ?
Resisto