Esperar e ver.

Vejo o sol pela janela,

surgir do horizonte.

Uma mulher dorme em minha cama,

exausta talvez. Ou simplesmente satisfeita.

Nada mal para uma primeira vez.

A vida não cansa de me surpreender,

devo confessar.

Quantas vezes encarei esse mesmo horizonte, sem esperança.

Desolado.

E quando já amaldiçoava a mim mesmo e ao destino, sou invadido dessa maneira.

Um sorriso,

uma boca coberta pelo batom mais vermelho que já vi...

por um par de olhos verdes, que falam mais do que a própria dona...

sem mesmo dizer uma palavra.

Ela dorme, mas eu não posso.

Algo me aperta e impede o sono de chegar.

Será que ela veio para ficar?

ou será como as outras...?

Creio que terei que esperar...

e ver.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 23/11/2014
Reeditado em 23/11/2014
Código do texto: T5045296
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