PUNHAL DA ANGUSTIA...

Meu olhar se apossa da rua,

Saiu por entre a janela

E tocou o feio concreto...

Um arrepio furando os poros!

Busco um olhar de alguém,

Parece frio como o concreto...

Busco a poesia,

E ela foge diante do frio olhar...

Não quero chorar,

Mas o punhal da angustia,

Fere o ego sonhador...

Decido fechar a porta,

E fecho os olhos...

Viajo na utopia da minha poesia,

E mergulho no mar calmo da paz

Que busca o meu espírito.

Ainda é de manhã...

E nunca desejei tanto a noite.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 22/11/2014
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