PUNHAL DA ANGUSTIA...
Meu olhar se apossa da rua,
Saiu por entre a janela
E tocou o feio concreto...
Um arrepio furando os poros!
Busco um olhar de alguém,
Parece frio como o concreto...
Busco a poesia,
E ela foge diante do frio olhar...
Não quero chorar,
Mas o punhal da angustia,
Fere o ego sonhador...
Decido fechar a porta,
E fecho os olhos...
Viajo na utopia da minha poesia,
E mergulho no mar calmo da paz
Que busca o meu espírito.
Ainda é de manhã...
E nunca desejei tanto a noite.