Mirtes e a Ordem do Ventre
No inverno do caos
A tempestade prenuncia
Nas folhas jogadas
Aos pés de quem
Renuncia ficar por perto
Do que se desconhece
Por dentro
Apenas o séquito
Do submundo
Se atreve a enfrentar
A sede que envolve
Os tempos julgados
Dormidos
Do que vem a surgir
Emergido de vontades
Terríveis
o que outrora
torna-se passado
entre aqueles
que o passado
apenas morre e deixa frutos
dá nome ao mal
e a outros absurdos
segue inteiro
ainda dentro dela
Lilith nada pode ver
O oráculo e o ritual
Sobre a fonte
Destina invernos
Corre mãos pela água
A vontade de luz
Da Deusa-rainha
Torna-se o desespero
E a agonia
Do povoado que olha
O tempo tecer teias
De raios por todo vale
Descem possuídas
Dos olhos dela
Aquelas que irão
Descobrir os cantos
Os recantos
Entre arbustos
E montanhas
Até o limiar da colina
Na busca do que ofusca
E vive em segredo
Sentem o gosto amargo
Que vem crescendo
O que de perto nada
Ilumina
Traz um calor
Com odor de morte
Despossuídas de poder
Apenas alimentam
A dúvida
De uma verdade nascente
Impura
Pelo que não é conhecido
O que é descoberto
Domina-se
O fraco também
Impõe estradas de ilusão
Quando de forte
Apenas tem
O que manipula
Dorme na sombra
De uma árvore
O que está no Aliém
Persegue o descaso
sofrido
na essência dos frutos
Colhidos
Nas épocas do culto
Que fez nascer outra semente
Distante de tudo
Que se prepara
P’ra ser vertente
É um derrepente
Destinado a vir
Sobre toda horda
O que cega o tempo
De Lilith
Também emana tempo
Do que domina
Desce o sereno
Carregado de cinzas
Sobre suas ordens
A tempestade
Repentina invade
O domínio
Lilith canta hinos alados
Lança o fogo
Que queima horizontes
Manda que se abra
O mundo dos perdidos
Tragam os desertores
Pastores das raízes
Que vivem sobre a terra
Nenhum ruído
Encontrado
O tempo escondido
É um tempo invadido
Olhos de lúmina
Pela escuridão
Avistam apenas
As togas penduradas
Alçadas por cordas
Cobertas de sangue
E de limo
A procura do destino
Cala-se
A videira-mãe
De toda Ordem
Determina o novo
Banquete
Pede as Raptoras do vale
Que encontrem
Outras escolhidas
E as troianas
Que se fazem de ninfas
Preparem a chegada
Do Descido
Que trará Seth
Entre os permitidos
As taças brindarão
O que nunca
Poderá amanhecer.
No inverno do caos
A tempestade prenuncia
Nas folhas jogadas
Aos pés de quem
Renuncia ficar por perto
Do que se desconhece
Por dentro
Apenas o séquito
Do submundo
Se atreve a enfrentar
A sede que envolve
Os tempos julgados
Dormidos
Do que vem a surgir
Emergido de vontades
Terríveis
o que outrora
torna-se passado
entre aqueles
que o passado
apenas morre e deixa frutos
dá nome ao mal
e a outros absurdos
segue inteiro
ainda dentro dela
Lilith nada pode ver
O oráculo e o ritual
Sobre a fonte
Destina invernos
Corre mãos pela água
A vontade de luz
Da Deusa-rainha
Torna-se o desespero
E a agonia
Do povoado que olha
O tempo tecer teias
De raios por todo vale
Descem possuídas
Dos olhos dela
Aquelas que irão
Descobrir os cantos
Os recantos
Entre arbustos
E montanhas
Até o limiar da colina
Na busca do que ofusca
E vive em segredo
Sentem o gosto amargo
Que vem crescendo
O que de perto nada
Ilumina
Traz um calor
Com odor de morte
Despossuídas de poder
Apenas alimentam
A dúvida
De uma verdade nascente
Impura
Pelo que não é conhecido
O que é descoberto
Domina-se
O fraco também
Impõe estradas de ilusão
Quando de forte
Apenas tem
O que manipula
Dorme na sombra
De uma árvore
O que está no Aliém
Persegue o descaso
sofrido
na essência dos frutos
Colhidos
Nas épocas do culto
Que fez nascer outra semente
Distante de tudo
Que se prepara
P’ra ser vertente
É um derrepente
Destinado a vir
Sobre toda horda
O que cega o tempo
De Lilith
Também emana tempo
Do que domina
Desce o sereno
Carregado de cinzas
Sobre suas ordens
A tempestade
Repentina invade
O domínio
Lilith canta hinos alados
Lança o fogo
Que queima horizontes
Manda que se abra
O mundo dos perdidos
Tragam os desertores
Pastores das raízes
Que vivem sobre a terra
Nenhum ruído
Encontrado
O tempo escondido
É um tempo invadido
Olhos de lúmina
Pela escuridão
Avistam apenas
As togas penduradas
Alçadas por cordas
Cobertas de sangue
E de limo
A procura do destino
Cala-se
A videira-mãe
De toda Ordem
Determina o novo
Banquete
Pede as Raptoras do vale
Que encontrem
Outras escolhidas
E as troianas
Que se fazem de ninfas
Preparem a chegada
Do Descido
Que trará Seth
Entre os permitidos
As taças brindarão
O que nunca
Poderá amanhecer.