Estoicismo?!

A ave que livre voa
E onde bem o quer, pousa
Não há que cegar-lhe o olhar,
Ao contrário, aguçá-lo!
Ensurdecer seus ouvidos, tampouco!
Fechar-lhe o bico?
Jamais... seu canto ecoa!!!

Livremente ecoa...
Se nos revezes da vida ferir-se, ave ferida chora... não desespera, espera a boa hora...
Vento brando a que enxugar-lhe o pranto e impulsionar voo novo...
Voa... voa a observar a densa mata e a ferocidade que a povoa...

Ah, maldade alheia  já não a intimida...
Ave liberta não paraliza!
Sublima o desamor, o desafeto perdoa... a incompreensão evanece e a crueldade humana, não a surpreende, quiçá a magoa...
Sem ser estóica, resiste... suporta do temporal à garoa!

É resiliente, com amor as cicatrizes da alma acolchoa... As intempéries, as dores em voos razantes sobrevoa e em direção ao horizonte, livremente voa... sempre a alçar novos voos!!!


 
Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 21/11/2014
Reeditado em 23/11/2014
Código do texto: T5044134
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