Tempestade
Posso ter me precipitado
Posso ter sido nuvem e quando chovi
estraguei vários textos
que fiz.
Eu me leio
muito mais do que você me lê
por isso talvez
você não entenda
Que leio meus livros, que me livrei a mim mesma
Montei minhas páginas
quando ainda eram restos
Sei de mim própria como aos meus versos
E me livro de vários livros,
tão extensos quanto sentimentos
Nunca fui de levar tudo a fogo e ferro
minhas rimas faço sozinha
apenas com a ajuda que a tristeza me da às vezes
ou o dia-a-dia
nublado que me precipita
vez ou outra
choro porque o vazio de vez em quando
molha
a poesia