Arquivo de Avó

Nao posso comer

feijão do sol.

Nem água fria,

funcional.

Não posso erguer

jumentos arquejantes,

no espaço ou na lacuna

a sobrepor misticamente

uma aberração.

Sequer supor aldeias

de onde abriu-se,

helicoidal, a trama

esfinge eremita exercício.

Não posso surgir sem surrupiar

a taça comprimida, urdir

Clowns de agonia

e esquinas flamejantes

na artimanha completa

do ronco. Imposta a

Satisfazer o isômero

sem montes a eclodir,

sem sumir são sussurro,

silvo soturno,

onde a cama retórica

recobra pleno etileno

e te acorda

pro almoço.

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 20/11/2014
Código do texto: T5042993
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