sono

I

não havia esteira

no eco do sonho

não havia esteira

e a vida dormia

dormia

II

um dia acordou cansada,

bruxas haviam rondado

sua noite

o sono fugia-lhe

pelos vãos do escuro

– não havia luar

III

noite adentro

perambulou sem fé

cactos lânguidos

jogavam a sorte

nos espinhos

é hora de cair as

cortinas

– talvez acordar.

Edinara Leão
Enviado por Edinara Leão em 28/05/2007
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