sono
I
não havia esteira
no eco do sonho
não havia esteira
e a vida dormia
dormia
II
um dia acordou cansada,
bruxas haviam rondado
sua noite
o sono fugia-lhe
pelos vãos do escuro
– não havia luar
III
noite adentro
perambulou sem fé
cactos lânguidos
jogavam a sorte
nos espinhos
é hora de cair as
cortinas
– talvez acordar.