CASA AMARELA DA MINHA RUA P
Casa amarela da minha rua P
O poeta tornou outras palavras mais belas
Em algum predicado de verbo-nominal
Ao abrir a janela nessa madrugada...
As casas espiavam tudo assustadas
Com o silêncio camelense frio e animal...
Escutava os cães latirem na rua
Com os fantasmas de insônias do luar...
E os paralelepípedos refletiam
As fotografias doutras noites sombrias
Ao tempo a quem aprecia a boa poesia:
Voltou à cama lá ficou a olhar o teto
E me cubro aos versos do soneto objeto,
O qual adormece e não vê o amanhecer...
Na casa amarela da minha rua P.
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