Tempestade

A tempestade se abateu sob meu telhado.
Deixando pedras entre cáos,
Tampouco me poupou.
Pés descalços
Saltei poças...
Ouvia o sussurrar emocionado
Da voz da desesperança.
Na calçada marginalizada
Desembocava estilhaços.
De uma lágrima a outra
Misturava-se numa curiosidade triste.
Agigantando a enxurrada.
Perdia-me junto de suas águas.
Resolvi começar uma vida nova,
Assim... Libertar-me dessa prisão.
Sem naufragar no mar da desilusão
Desorientada busquei o poente
Que não se fez de rogado.
Sorriu para meu nariz arrebitado.
Algo indescritível me reabilitava.
A noite desceu seu manto, feito criança
Adormeci nos braços da esperança.
Amanhã será outro dia!

 
Angeluar
Enviado por Angeluar em 20/11/2014
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