Coríntios 13

Sempre encontro na Bíblia, livro dos livros,
Uma citação que mexe com minha essência,
Mostrando-me que a mais pura experiência
É contida em expressões de que não me livro.
Em busca de paz, a ela sempre me acorro
E nela sempre encontro o almejado abrigo,
Nestes momentos em que pressinto o perigo
A rondar, apressando-me em busca de socorro.

Em Coríntios, está dito: “O amor é a maior expressão
Que um ser humano pode ter de Deus em si mesmo”,
Procurando mostrar que não podemos andar a esmo,
Que devemos distribuir o que contido no coração.
Ademais, “Ainda que eu falasse as línguas dos homens
E dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal
Que soa ou como o sino que tine”, inutilmente, afinal,
Por não ressoarem as palavras que profiro e somem.

“E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse
Todos os mistérios e toda a ciência, e ainda tivesse”, longe,
“Toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes,
E não tivesse amor, nada seria”, assevera a exegese.
“Ou ainda que distribuísse toda minha fortuna aos pobres,
E ainda que entregasse meu corpo para ser queimado
E não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”, diz o citado,
Assegurando-nos a inutilidade de que não me cobres.

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso;
O amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,
E mesmo sob infinda pressão não cede e sempre obedece,
Aos princípios de manter-se soberano e dadivoso.
E, nem mesmo, com indecência, outrossim, se porta,
Não busca seus interesses, não se irrita, não é leviandade,
Jamais folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
E tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...”
LHMignone
Enviado por LHMignone em 18/11/2014
Reeditado em 03/05/2018
Código do texto: T5040368
Classificação de conteúdo: seguro