VEU DE ÍSIS
Esse morrer incessante
na fala do poeta,
é sua comunicação.
Quem o entende sabe.
Meio complicado para outros,
essa palavras estreitas e sonorizadas.
Nunca se cansa, nas noites
longas de vibrações fortes
e no sangrar sem pausa,
todos os dias, do coração.
Pisa na terra apalpando
as pontas afiadas
e em seus cochichos com a chuva,
lavando seu coração de sangue pisado.
Seria ele um marciano,
um saturnino com anéis
ao redor da cabeça?
Talvez um iniciado,que desde cedo olha,
mergulhado no véu misterioso de Ísis.
o remexer das inquietudes
que não vêem
não ouvem
apenas gritam.
Fz. Parati, 07.11,2014