O Ballet da Grande Poesia
O Ballet da Grande Poesia alça vôos imensuráveis dentro de nossa alma. Eterno, seus movimentos rompem os limites entre o céu e a terra, perpetuando-se no silêncio dos nossos corações. Nos ensina e nos torna melhores. Assim vejo a poesia do grande poeta irlandês W.B. Yeats. Compartilho aqui, para os amigos, três poemas do grande poeta.
"COM O TEMPO A SABEDORIA
Embora muitas sejam as folhas, a raiz é só uma;
Ao longo dos enganadores dias da mocidade,
Oscilaram ao sol minhas folhas, minhas flores;
Agora posso murchar no coração da verdade."
(tradução: José Agostinho Baptista)
"QUANDO FORES VELHA
Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;
Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas."
Tradução: José Agostinho Baptista
"SOBRE O GAFANHOTO E O GRILO
A poesia da terra jamais cessa:
Quando todos os pássaros languescem ao sol ardente,
E se escondem nas frescas árvores, uma voz corre
De cerca em cerca ao redor do prado recém-ceifado;
É o Gafanhoto - ele rege
A luxúria do verão, - nunca finda
Suas delícias; pois, quando exaurido em alegria,
Repousa sob alguma boa erva daninha.
A poesia da terra jamais cessa.
Numa solitária noite de inverno, quando a geada
Traz o silêncio, do fogareiro sibila
O canto do Grilo, sempre mais quente,
E semelha alguém perdido na sonolência,
O do Gafanhoto entre as verdejantes colinas."
(não encontrei o autor da tradução)
W. B. Yeats, 1865-1939
Prêmio Nobel de Literatura de 1923
O Ballet da Grande Poesia alça vôos imensuráveis dentro de nossa alma. Eterno, seus movimentos rompem os limites entre o céu e a terra, perpetuando-se no silêncio dos nossos corações. Nos ensina e nos torna melhores. Assim vejo a poesia do grande poeta irlandês W.B. Yeats. Compartilho aqui, para os amigos, três poemas do grande poeta.
"COM O TEMPO A SABEDORIA
Embora muitas sejam as folhas, a raiz é só uma;
Ao longo dos enganadores dias da mocidade,
Oscilaram ao sol minhas folhas, minhas flores;
Agora posso murchar no coração da verdade."
(tradução: José Agostinho Baptista)
"QUANDO FORES VELHA
Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;
Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas."
Tradução: José Agostinho Baptista
"SOBRE O GAFANHOTO E O GRILO
A poesia da terra jamais cessa:
Quando todos os pássaros languescem ao sol ardente,
E se escondem nas frescas árvores, uma voz corre
De cerca em cerca ao redor do prado recém-ceifado;
É o Gafanhoto - ele rege
A luxúria do verão, - nunca finda
Suas delícias; pois, quando exaurido em alegria,
Repousa sob alguma boa erva daninha.
A poesia da terra jamais cessa.
Numa solitária noite de inverno, quando a geada
Traz o silêncio, do fogareiro sibila
O canto do Grilo, sempre mais quente,
E semelha alguém perdido na sonolência,
O do Gafanhoto entre as verdejantes colinas."
(não encontrei o autor da tradução)
W. B. Yeats, 1865-1939
Prêmio Nobel de Literatura de 1923