ENSEADA
Não sou aquele trem que anda nos trilhos
Eu sou aquela água que vai e volta e vaga
Não sou aquela estrada já definida
eu sou a poeira que na chuva se apaga
Tudo que se precisa é a precisão da liberdade
é desviar, é viver e é também não ter idade
Somos incompletos na medida do infinito
Eu sou uma enseada rodeada de um mar silencioso.