ENSEADA

Não sou aquele trem que anda nos trilhos

Eu sou aquela água que vai e volta e vaga

Não sou aquela estrada já definida

eu sou a poeira que na chuva se apaga

Tudo que se precisa é a precisão da liberdade

é desviar, é viver e é também não ter idade

Somos incompletos na medida do infinito

Eu sou uma enseada rodeada de um mar silencioso.

Amélia Queiroz
Enviado por Amélia Queiroz em 17/11/2014
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