AMOR E DESEJO VORAZ
(Sócrates Di Lima)
Serena a manhã começa silenciosa...
Tímido o Sol morna a vida...
As flores serenadas lagrimejam,
Em orvalho a beleza nas criações de Deus.
E o dia se levanta cedo...
O cotidiano realça as ruas...
Movimentam-se as pessoas apressadas,
Nas ruas, cruzamentos e nas calçadas.
É uma manhã de todo dia...
No limiar de uma segunda-feira,
Seguimos ao trabalho,
Na sequência de uma semana,
Ainda, longe da Sexta-feira.
Serena a manhã me olha...
Acaricia-me em brisa,
Sopro acariciante pela janela...
Remeto-me aos meus labirintos,
Encontro um ponto de restauração...
Formato meus sentimentos,
Faço um back up dos meus desejos,
e desfragmento minhas vontades,
Fragmentadas pela saudade dela...
E na mente a sua imagem morena...
Longos cabelos negros...
Nos olhos jabuticaba,
O brilho intendo de um meio dia...
E a brisa silenciosa,
Não traz-me a sua voz,
Porque no leito em algum lugar distante,
Talvez, quem sabe...
Ela pensa em nós.
E o que importa!
Senão a lembrança distante,
De um desejo de amar,
nesta distancia algoz,
Contudo,
AMOR E DESEJO,
intrinsecamente voraz.