Embriaga-te
Escuta!
Por vezes
Do outro lado da porta
Mulheres (s)em juízo
Elegantes e comportadas mulheres
Escondem
Deliciosas frutas
E o limiar do sexo
Em camas desfeitas
Por entre as roupas
Intranquilas e espalhadas
Pelo chão,
Por todos os cantos
Das confortáveis casas
De moradia.
Embriaga-te
De prazer
Se de uma delas puderes sorver
O sentido da vida
Conheceres o prazer da ferida
Aberta em teu corpo
Como escancarada janela
Irremediavelmente devassada
Deflorada de novembro.