Gritos de pedra
O silêncio que respiro
provoca, em ti, combustão
ao tempo que, em mim, debela
resquícios duma paixão.
Oxigena a razão
que (des)tricota o feitiço.
Sentimentos movediços;
Órfãos de um mortiço chão.
Mas o fragor que expiro
tange a minha solidão.
Por fora ar fresco, brisa;
Por dentro só rebuliço...
Pedra no peito, um enguiço,
à guisa de um coração.