AMOR DE TODA A VIDA
(Sócrates Di Lima)
Nos versos que minh'alma canta,
meu coração se imanta,
Adere às paixões tantas,
Quais como o Sol que cedo se levanta.
E faz o dia ser um brilho em Sol maior,
Em acordes que acordam a primavera,
Como os olhos que verão um viver melhor,
Em flores orvalhadas que a tarde espera.
Ah! Se as lágrimas em gotas de cristais se soltam,
E ao chocar o solo estilhaçam...
Como gota d'água em cachoeiras choram...
E seguem em rios e o mar alcança...
E assim minh'alma em coro canta...
Nos acordes de harpas e violinos...
Nos galhos da vida pássaros semente planta,
do amor embrião no peito de homens meninos!
Diz então meu corpo sem queixumes...
Porque o amor serenou na doce serenata,
De quem na janela morre de ciúmes,
Do amor distante de saudade em cascata.
Vai-te minha saudade e traga o meu amor...
Que de sua janela me espera e me chama...
Na mão uma pássaro e uma flor,
Como símbolos do amor de quem na vida ama.
E se ela chora na saudade em distância,
Eu choro na distância em doce saudade,
Em palavras escrevo com relevância,
Versos de amor e de felicidade.
Ah! Que nos versos que minh'alma canta....
Se faz em saudade que logo cedo se levanta...
Ri e chora de alegria do amor que hoje planta,
Nos dois corações cobertos por véu e manta.