AUSÊNCIA
Presença é conforto! É ter sempre perto o sorriso, o abraço, a conversa boa… É não precisar fechar os olhos para recordar o rosto, o cheiro e a forma de falar. Não importa estarem grudadinhos ou não… o que importa mesmo é saber que estão próximos. A presença é sempre esperada e talvez por isso, muitas vezes cobrada. Mas quando ela se torna rara e a ausência é uma constante, o primeiro sintoma é a saudade. Uma saudade que incomoda, que quer ser atendida. Depois de um certo tempo, a ausência faz a saudade aquietar. O gigantismo da necessidade, passa a ter um tamanho que não ocupa muito espaço. A ausência insistente faz diminuir a vontade… esfria o desejo. A ausência muito sentida, acaba se transformando em aceitação. Começa-se a ver o mundo sem a presença de quem até bem pouco tempo era importante e então acostuma-se. Não há sentimento que resista a uma ausência contínua e isso não se refere, necessariamente, à ausência física. Existem muitas formas de estar presente, principalmente, quando se está longe. No momento que essa proximidade é interrompida, a presença já não é mais pedida e o outro já não faz falta. Sentimento precisa ser alimentado, cuidado… sem isso ele míngua, dissolve. Paixão que não é abastecida, vai só até a página 5.