DEIXA EU RIMAR COMO EU RIMO
...
Andou por suas próprias pernas
Conduziu os seus próprios passos...
Por vazas eternas, produziu espaços...
Brincou de equilíbrio abrindo os braços...
...
Vai por caminhos que eu já nem sei...
Mora sob um lance de escada no vazio
Não imagino mais como imaginei
Não riremos mais do isso “dói quando rio”
Porque de mim escapuliu...
Olha o verbo que utilizo...
Só rimando mesmo com outro riso...
Isso não é rima que o cara põe porque sentiu
Mas sim porque rimando assim saiu
Estaria presa?
Ah! Não me vem com psicanálise, não...
Quero uma rima lisa, leve feito brisa, meu irmão...
Porra, meu...
Aí não terá sido eu...
Ainda que não a rima do todo, do lodo, do limo...
Quero que ouça: Deixa eu rimar como eu rimo!
Barro, catarro, é barro!, cigarro..
De carro ou sem carro; se esbarro no bizarro...
...
Ainda que não a rima do todo, do lodo, do limo...
Quero que ouça: Deixa eu rimar como eu rimo!