P R O I B I D O
É como uma fome que o consome
E ele precisa teimar em não se alimentar;
Como um cão feroz abandonado a chorar
Sem dono e sem nome, mas não se deve adotar;
É como um desejo infame, indigno de se manifestar...
Ele a cumprimenta com um simples olá
E ela lhe manda um beijo como resposta.
O modo como prende o cabelo, seu jeito de andar
Sua boca e seu sorriso, seu toque e seu olhar...
Qualquer gesto dela faz seu coração disparar
Seu ciúme implícito parece o sufocar
Quando outro, explícito, vem abraçá-la e beijá-la.
Seu abraço seria como o Sol em sua vida,
Água para sua sede seria beijá-la e beber de sua saliva,
Seu corpo, seu conforto
Ele não tem esperança, apenas lembranças, fantasias...
Um sonho é tudo o que ele tem vivido. Um sonho reprimido
É tudo o que lhe resta de um amor proibido.