Salix Alba

(Salgueiro Branco)

O sol acre...

A cigarra no salgueiro branco lembra mesmo aspirina.

O sol acre na pele reúne qualquer vontade de paraíso numa razão objetiva: reprincipiar o homem só e confortado.

Eis o começo: esta cigarra no salgueiro levou-me a este cigarro no cinzeiro. Pela Rua do Barão atraentes mulheres faiscam como fetiches, são corpos alegres, estrelas noturnas...

No primeiro abrigo procuramos um cais para o olhar sequioso de rumo.

Agora fundamentado num empolgante empirismo,

O sonho alegre das mulheres em conta, converte este ser prestativo em marinha.

Como num convés firma-se o passo decidido em quem percorre a orla

Nesse adequando incentivo mínimo de roupa nessa prática adorável de veraneio constante.

Organismo de mar. Herói que somos pelo glacial domínio de verão.

Olhos que amados, amados sobram em olhos tímidos

Ainda que vorazes de onde nasce a simplicidade feita de incentivos festivos dispostos sobre chinelos flácidos.

Acaso quer o plano real prestar-se artificialmente

Ao pote de azul ultramarino

Contido nessa alegria de rubis entre conchas branquinhas?

Logo no ângulo saliente eterniza-se a janela eterna.

Configurada pelo interior meigo da figura amada.

Tendo apenas o salgueiro branco como testemunha...

Santa Vitória do Palmar

13/Nov/2014