ALUCINAÇÕES

EU VEJO VULTOS POR ESTAS RUAS...

QUE ME PERSEGUEM NA LEMBRANÇA

DE SER REAL, OU VIVO OBJETO DE CONSUMO,

EU VEJO SURDOS OUVINDO MÚSICA

MAS TODA A ESSÊNCIA DA VIDA FOI REJEITADA,

MINHA CORDA PENDURA-SE A MAIS NADA

E MEU PESCOÇO FORJA-SE NOS GRILHÕES DE AÇO...

SINTO O SUSTO DA CONQUISTA DO ESPAÇO...

E MINHA MEMÓRIA CORRE NAS PAREDES ABSTRATAS,

EU VEJO A LASCÍVIA POBRE DOS MAGNATAS,

MEU TEMOR OCULTO REVELA A TIMIDEZ QUE

ESCONDE O MEDO...

VÊ!... AGORA CEGOS SÃO FOTÓGRAFOS

E MEU AR ESCASSO TRAVOU O CLOSE

DA MINHA VIDA...

NO SEM QUERER, A CHAGA TORNOU-SE FERIDA

E CAPTUROU O CADÁVER EM

SEU CAIXÃO HOMÉRICO

SENTE!

EU VEJO SURTOS DE MEMÓRIA

NO SINCRONISMO PATÉTICO DA HISTÓRIA

NA DOR DA VIDA DE UM CORAÇÃO QUE MENTE...

SEI!

MINHA CHAGA JA NÃO É MAIS INOCENTE

MAS POR TUDO ISSO, GENTE DE MEU PASSADO

POSSO VER QUE EXAGEREI ABERTAMENTE, E NOTEI...

UM PLEBEU NUNCA LEVOU

UMA VIDA DE REI...

E EU POSSO SENTIR O DEMAIS...

E A TONTURA QUE A ESTAR NOS SEGUE

NO ROSTO SÚBITO DE UM

ESPELHO HUMANO... QUE SEGUE

AO DESMAIO LÓGICO DE UM DROGADO

NUM ALBERGUE SUJO

NA INSÃ CONSCIENCIA DE UM ALUCINADO...

NO ENTERRO ÓBVIO

NO FIM ATROZ

Tiago da Silva
Enviado por Tiago da Silva em 27/05/2007
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