Amigo Oculto
Brincam de esconde-esconde,
Perguntei: Deus tá aonde? Mandaram fechar os olhos e contar até dez.
No Palácio de Buckingham em Londres?
Entre barões e condes? Ou nas teses desses tantos bacharéis?
Andei, andei em círculos,
Nos limites dum cubículo... Imenso tal minha ignorância.
Não fui levado a sério,
Fizeram mistério... Jardins de infância.
Se tiver força me carrega,
Senão como negas... Que sou quase um adulto?
Nem esconde-esconde ou cabra-cega,
Só em dezembro que colegas... Brincam de amigo oculto.
Vou direto ao ponto,
Quebra-cabeças eu monto... Chega de adivinha, adivinha!
Promovo o encontro,
Pra que não haja tantos tontos... Contos da carochinha.
Estão de fato convencidos,
De que conhecem a Jesus.
Mas passou por eles despercebido,
A caminho de Emaús.
Apontam com a mão aberta,
O caminho a ser traçado.
Quase ninguém acerta,
Há mais perdidos que achados.
Mestre dos magos,
Em voga com seus vagos... Conselhos.
Não sabe o que há de fronte,
Desce sobe montes... Escadaria de joelhos.
Pedem um sinal,
Algo sobrenatural... Transcendente.
Mas não há nada de complexo,
No próximo o seu reflexo... É evidente.
Ele pede guarida,
Um prato de comida... Está enfermo num leito do SUS.
Apesar da pujança,
Traduz-se numa mera criança... Eis o Cristo Jesus!