Coxia
Não me entregue
Não me serve
Acenda a luz
À meia luz
Meus olhos ardem
Minha boca queima
Minhas mãos tremem
Minha mente vacila
Meu corpo regurgita a mim mesmo
Sinto calafrio
Sinto medo
Meu elo com o mundo é um buraco vazio a céu aberto
Estou descoberto
Faminto
Estou incerto
Absynto
Pulso para descolar-me do chão
Traga-me a corda
Não me importa
Não estou pronto para encarar a multidão
(Marcelo Catunda 12/11/2014)