Poema

Os céus se abrem numa convulsão impertinente

Arcanjos epiléticos

Nuvens de poeira de cosmologia duvidosa neblinam o plano

Transgressões e intransigências amontoam-se.

Por que confiamos tanto no visível?

A libido cantarola pérfidas canções amorosas

Isso faz algum sentido?

Presos na prisão do beijo

(Conforma-se, intransigência

Deforma-se, transgressão)

Os sentimentos camuflados estão à beira do ataque

Peça a razão que segure a sua língua!

Você consegue entender isso?

São erros que aos berros revelam

Procedem e hibernam literatura

Enquanto vozes vociferam

Cálidas petulâncias

Assombros ou amarguras!

Destilemos o equilíbrio

E refinemos nossos sentimentos rígidos

Até sua pureza letal!

Você consegue acreditar nisso?

Na beleza do seu vício?

Felipe Alves Freitas
Enviado por Felipe Alves Freitas em 11/11/2014
Reeditado em 25/11/2014
Código do texto: T5031600
Classificação de conteúdo: seguro