Poema
Os céus se abrem numa convulsão impertinente
Arcanjos epiléticos
Nuvens de poeira de cosmologia duvidosa neblinam o plano
Transgressões e intransigências amontoam-se.
Por que confiamos tanto no visível?
A libido cantarola pérfidas canções amorosas
Isso faz algum sentido?
Presos na prisão do beijo
(Conforma-se, intransigência
Deforma-se, transgressão)
Os sentimentos camuflados estão à beira do ataque
Peça a razão que segure a sua língua!
Você consegue entender isso?
São erros que aos berros revelam
Procedem e hibernam literatura
Enquanto vozes vociferam
Cálidas petulâncias
Assombros ou amarguras!
Destilemos o equilíbrio
E refinemos nossos sentimentos rígidos
Até sua pureza letal!
Você consegue acreditar nisso?
Na beleza do seu vício?