DANTESCO POEMA
Dante pensava no retorno,
Peregrinando pelo terreno,
Sentia-se longe mas pleno,
Arremetia-se do remoto ao novo!
Céu, inferno, calor e tormenta,
O caldeirão assustava mas seguia,
Em meio ao caos, de viva agonia,
O cosmo de findo era Florença!
Cada um quer sair de seu inferno,
Ninguém quer sofrer a este assombro,
Bem verdade sabemos, fora este ônus!
Ah! Difícil mesmo, é ter o terno.
Norte ou sul sigamos em frente,
Leste ou oeste o que se quer é se safar,
Agindo assim buscamos escapar,
Rumo ao novo emergente!
Meu Cosmo de América, fundão...
Brasil, imensidão, rastreando os trópicos,
Chão rico, gente pobre, mundo simplório,
Açai, maniva, Bacaba, ei mundão !
Trilha, Vereda, beco e rua,
Sigo buscando paz neste inferno,
Mesa farta a uns, no verão e no inverno,
A maioria, estação seca e amargura.
Dante bem sabia....O inferno é aqui,
Tanto que lutou pra chegar onde sonhava,
Pois tinhoso é quem entende e brada,
E não só olha para o alto, como também ao chão de si!