Novos Tempos!
A vaga insana libera telúricas visões
A imagem, a teia condensada, submerge nos porões
Dilacerados braços agarram a fuga dos libertinos versos
Encaixam em crisálidas mentes revolvendo-lhes o fulgor
Nostálgica parada da última nave de itinerários reversos
Fim da linha das feras adestradas que sucumbem o amor
Fatídica ilusão desalinha os contornos lúgubres e umbelinos
Reverbera nas abóbadas das catedrais, horrendos gritos felinos
Eclodem ribombados clamores deslizantes em seus assoalhos
Imaculados das sandálias que aplicaram golpes, na carne ardores
Profana violação vê-se no santuário inerte dos sentidos falhos
Provisório alento como um gêiser se expande fluindo reais amores
A calmaria declina qual uma ave de comportamentos noturnos
Na íngreme colina sepultada pelos restolhos e fragmentos soturnos
Algemam-se os ímpares desvarios rechaçados tais velhas fragatas
Indolente chama funérea esvai-se pelas janelas e gradis afora
Cintilantes estrelas se aliam aos bons ventos em excelsas sonatas
Branda luz sinaliza uma manhã onde tudo começa a partir de agora