APANHEI UMA BEBEDEIRA!
Apanhei uma bebedeira
Que durou a semana inteira
De aguardente e capilé
Nas pernas nem me firmava
Já quase não aguentava
Aos poucos a estar em pé!
A maldita da cachaça
Deixou-me em estado sem graça
De cabelo arrepiado.
Que agora até me questiono
Porque às vezes ambiciono
Ter-me eu embebedado?
Bebi até me fartar
Só me apetecia vomitar
Correr prá casa de banho.
Foi tão grande a razia
Que a figura que eu fazia
Fez-me correr baba e ranho!
Parecia um Zé pedinte
Eu que afinal de requinte
Raro bebe e em nada engana
Fiquei com a tola a doer
E a pensar o que fazer
Pra curar a carraspana!
Mas olhem que não é verdade
E só por mera vontade
Pra que riam um pouquinho.
No entanto não bebi
Apesar de igual a ti
Gostar de um copo de vinho!
Porque se me embebedasse
Para que ninguém estranhasse
No meu peito tinha ardor.
Pois quando me embriagar
Será só para provar
Do teu verdadeiro…amor!