AS MÃOS
Mas para que servem as mãos?
Ah! servem para fazer o pão
O pão nosso de cada dia!
Construir edifícios
Bater palmas em comícios
Espetáculos artísticos!
Com as mãos
Remendam-se as roupas do operário
Conta-se o seu pequeno salário!
Fecha-se a mão em punho cerrado
Para erguê-la em protesto
Escrever manifestos!
Canções, poemas, leis...
Com as mãos o artista faz aquarelas
O pintor pinta paredes
Ah as mãos! O que seríamos sem elas?
Apertam-se botões fazendo tudo ir pelos ares
Atiram-se bombas... granadas...
E fazemos carinhos na amada!
Puxa-se o gatilho a faca o serrote
Ergue-se o martelo
Ligam-se os elos!
Com as mãos muito se faz...
A guerra... a paz...
Poema de 04.02.1988 - Do livro O Comedor de Livros.
Mas para que servem as mãos?
Ah! servem para fazer o pão
O pão nosso de cada dia!
Construir edifícios
Bater palmas em comícios
Espetáculos artísticos!
Com as mãos
Remendam-se as roupas do operário
Conta-se o seu pequeno salário!
Fecha-se a mão em punho cerrado
Para erguê-la em protesto
Escrever manifestos!
Canções, poemas, leis...
Com as mãos o artista faz aquarelas
O pintor pinta paredes
Ah as mãos! O que seríamos sem elas?
Apertam-se botões fazendo tudo ir pelos ares
Atiram-se bombas... granadas...
E fazemos carinhos na amada!
Puxa-se o gatilho a faca o serrote
Ergue-se o martelo
Ligam-se os elos!
Com as mãos muito se faz...
A guerra... a paz...
Poema de 04.02.1988 - Do livro O Comedor de Livros.