Destinos Iguais

Hoje eu olhei com tristeza a um jardim,
em uma casa abandonada...
Onde ainda havia flores,
entre as ervas sufocadas...
E mesmo quase morrendo,
Com tanta indelicadeza,
uma roseira lutava, contra a morte certeira...
Em seus galhos ainda havia,
um meigo e singelo botão...
Entre as folhas esquecido,
na forma de um coração...
Era um roseira vermelha,
eu pude ver pela cor...
Morrendo ali desprezada,
por quem não lhe tinha amor...
Fiquei ali a pensar,
em quantas rosas floresceu...
Quantos buques foram feitos,
quanta alegria ela deu...
Depois ser assim abandonada,
no relento ficar esquecida...
E ir morrendo aos poucos,
Com as ervas sugando lhe a vida...
Toquei naquele botão,
com meus olhos a merejar...
Porque também tenho uma historia,
que muito me fez chorar...
Uma flor que eu tanto amei,
também veio a me abandonar...
Nunca mais retornou,
Deixando me sufocar...
Assim vou morrendo aos poucos,
entre soluços e ais,
Igualzinho este jardim,
nossos destinos iguais...
Luis Antônio Mendonça
Enviado por Luis Antônio Mendonça em 08/11/2014
Reeditado em 13/12/2014
Código do texto: T5028141
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