Apelos
elevando vozes
do berço da fome
boiam palavras
queimando silencio
entaço as mãos
quase
em pranto
quedando
olhar
sobre
apelos
borbulhados em conchas
atadas
para nenhuma letra
trespassar os vãos dos dedos
secos
do que
sonhou-se
amamentá-las
mas
há sempre
derrames
nessas horas
formando lagos
pra se pescar
alguma cor
na dor de tudo
que se possa
chorar de
amor.