A quarta janela
Depois das crises de choro que tenho todo mês, fico com as metáforas afiadas.
A grande diferença entre eu e aquele menino é que ele quando come um pão recheado, começa comendo a massa, come o recheio e termina comendo a massa de novo porque “tudo é um processo”. Já eu, a minha maior alegria foi descobrir que eu poderia comer todas as beiradas e depois o recheio.
Só por este pequeno detalhe já podemos descobrir: quem se lança primeiro ao abismo?
Lindo e poético, mas daqui a uns cinqüenta anos numa questão de vestibular, vão citar o trecho acima e perguntar: O que a autora quis dizer com a palavra abismo? E os vestibulandos vão responder de tudo, menos a resposta certa.
“Puta que pariu!” não posso nem falar de vida!!!
Mas eu não estava falando de pão?