Notícias

O mundo fala...

Mas não sabe dizer o que é paz.

Todos os dias a liberdade,

Desde lá de trás...

É ultrajada/

A dor é fracionada em cada lar/

A fome está a mesa de muitas famílias.

Todo mundo perdido/

Correndo de mão em mão...

Em vícios que matam;

Em luxos que veste/

Em ilusões que muitos acreditam.

De homem pra homem...

A miséria é usada.

A escravidão é lembrada.

Seja nas mãos calejada do pedreiro;

Seja nas esquinas das ruas dos outeiros;

Entre os muros das escolas/

Nas salas dos hospitais/

Ou nas celas carcerárias/

O mundo fala de amor/

Mas o que habita o colo/

São as idéias amargas/

A indiferença absurda/

A falta de solidariedade.

Na idade em que estamos/

Olhamos por cima de nós/

Mas não enxergamos que a luta é desigual.

E falar da liberdade,

Numa Democracia insana/

É atestar, que é desumana a ignorância alheia.

Pois não há de acrescer um côvado a sua matéria/

Talvez o que valha seja o bom senso,

Assediado pelo flagelo do nada,

A sonhar com a igualdade velada.