À MERCÊ DO TEMPO

À MERCÊ DO TEMPO

Fernando Alberto Salinas Couto

Da janela de um hospital

veem-se pássaros a voar,

gente do bem e do mal,

só querendo se superar.

Mas, à mercê do tempo.

Da janela de um hospital

ouve-se cantar a natureza,

entre sondas e um lençol,

onde almas buscam pureza.

Mas, à mercê do tempo.

Da janela de um hospital,

a poesia da vida a passar,

procura por um ponto final

que não deseja achar.

Mas, à mercê do tempo.

Da janela de um hospital

vê-se a chuva se anunciar.

Prelúdio de um temporal

e lágrimas que vão rolar.

Mas, à mercê do tempo.

Da janela de um hospital,

seja idoso ou até criança,

enxerga sempre um sinal

de adeus ou de esperança.

Mas, à mercê do tempo.

RJ – 04/11/14

Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 06/11/2014
Reeditado em 10/12/2014
Código do texto: T5025295
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