Baile de máscara

Ela se vestia galante e bailava

Em seu vistoso baile de máscara

Dominava com afinco o feitio dos pés

Não derrubava nenhum de seus canapés

Não tinha nada a esconder, a menina

A não ser a cara

Em seu vistoso baile de máscara

Se enroscava, talentosa

Nas pessoas que em frente passava

E ao se sentir luxuosa, seu tempo passava

Em seu vistoso baile de máscara

Esqueceram porem, de avisa-la

Que o baile, um dia acaba

E assim, como em um mar cristalino

Em que o fundo, lodo resguarda

Sua face se mostrará angustiada

Quando cair ao chão o seu disfarce

Em seu vistoso baile de máscara.

Adriano Santos de Sousa
Enviado por Adriano Santos de Sousa em 05/11/2014
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